Esta
é uma carta de abandono
Do
ser abandonado e ponto.
Sabe,
meu amado,
Eu
tenho inaugurado
Os
dias a velar
O
que há de nós em mim,
O
que sobreviveu.
Não
me levanto antes
De
te rezar um tanto,
E
de clamar a deus
Que
você apareça.
Que
volte pelo bem ou pela dor.
Antes
que eu enlouqueça
De
fato e para sempre.
Antes
que eu enrijeça
Os
lábios e o coração.
(...)